domingo, 13 de março de 2011

Primeiros Homo sapiens e Neandertais tinham a mesma esperança de vida - Noticia

       Estudo contradiz teoria que defendia extinção dos Neandertais por morrerem mais cedo 

           A esperança média de vida dos primeiros Homo sapiens e dos Neandertais era semelhante, revela um estudo dirigido por Erik Trinkaus, da Universidade de Washington (EUA) e publicado agora na «Proceedings of National Academy of Science». Os investigadores fizeram um estudo comparativo de fósseis de ambas as espécies que coexistiram durante 150 mil anos em várias regiões da Europa e da Ásia e que, segundo as mais recentes investigações chegaram a cruzar-se.
          A equipa não teve muito material para analisar, mas foi o suficiente para perceber que existiam quase os mesmos números de fósseis de adultos entre 20 e 40 anos e de maiores de 40, tanto entre os Homo sapiens como entre os Neandertais.

             Esta distribuição de idades revela padrões similares de mortalidade adulta, o que contradiz algumas teorias que relacionam a extinção dos Neandertais com uma menor esperança de vida. Erik Trinkaus propõe sim que a vantagem demográfica da nossa espécie se tenha antes devido a um índice de fertilidade mais elevado e a uma mortalidade infantil mais baixa.

           Esta hipótese é partilhada por José María Bermúdez de Castro, director científico do Centro Nacional de Investigação sobre Evolução Humana. Este investigador explica que a longevidade dos chimpanzés e dos humanos apenas se diferencia em seis anos. Em estado natural, ou seja, sem cuidados médicos avançados, os primeiros vivem 50 anos e os segundos 56.

Fonte:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46894&op=all

terça-feira, 8 de março de 2011

Genoma de neandertal mostra cruzamento com 'Homo sapiens'

           O genoma do neandertal, uma espécie de homem que se extinguiu há 30 mil anos, tem três mil milhões de letras do alfabeto genético: o grupo ATCG que constitui a cadeia de ADN. Mas a leitura desse imenso "livro" genético acaba de ser concluída. O genoma completo do homem de Neandertal, publicado hoje na Science, põe um ponto final no debate sobre se neandertais e Homo sapiens se reproduziram em comum. A resposta é sim. Houve cruzamento entre ambos, e isso terá ocorrido entre há 50 mil e 80 mil anos, no Médio Oriente.
           A equipa internacional de investigadores que produziu este primeiro retrato genético dos neandertal foi coordenada por Svante Paabo, do Instituto Max Planck, em Leipzig (Alemanha), e utilizou amostras de ossos de três espécimes do sexo feminino que viveram há entre 38 mil e 44 mil anos. Esses fósseis foram encontrados na gruta de Vindiglia, na Croácia.
          "Ter uma primeira versão do genoma dos neandertais é cumprir um sonho antigo", afirmou o líder da equipa, Svante Paabo, notando que, "agora, pela primeira vez, podemos identificar padrões genéticos que nos diferenciam desse parente próximo".
Este primo, que é o mais próximo do Homo sapiens, surgiu há cerca de 400 mil anos em África e migrou para norte, para a Eurásia, onde evoluiu independentemente do Homo sapiens, na Ásia Ocidental, Sul da Sibéria, Médio Oriente ou Península Ibérica.
           O sapiens emergiu também em África, há cerca de 270 mil anos, e há 80 mil anos pôs--se, também ele, a caminho do norte, em direcção à Eurásia. O encontro entre ambas as espécies dá-se a partir daí e é isso que mostra a comparação entre o genoma do neandertal e do homem moderno.
           Para poderem avaliar diferenças e semelhanças entre ambos e compreender a sua evolução, os investigadores compararam o genoma de neandertal com o de cinco seres humanos modernos: um do Sul de África, outro da África Ocidental, um da Europa Ocidental, outro da China e ainda um da Papuásia-Nova Guiné.
          Os resultados mostram que o cruzamento sexual entre as duas espécies deverá ter ocorrido na região do Médio Oriente, há entre 50 mil e 80 mil anos, provavelmente logo após os homens modernos terem saído de África. Nos homens modernos não africanos, dois por cento dos genes provêem dos neandertais. O facto de isso não se verificar nos genomas dos africanos estudados reforça a hipótese de o cruzamento entre ambas as espécies ter ocorrido já fora da África.



Distribuição geográfica e temporal do gênero Homo, sugerindo um cruzamento entre as espécies sapiens e neanderthalensis.
Reflexão: Este estudo é de facto muito interessante e achamos que é uma matéria que todos devem querer saber.

Fontes:
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1562881&page=-1
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Humanevolutionchart.png/250px-Humanevolutionchart.png

quarta-feira, 2 de março de 2011

Evolução do homem

        A evolução humana é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas, de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação entre o último ancestral comum de humanos e chimpanzés. A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação de locomoção arborícola ou semi-arborícola para uma forma de locomoção bípede, com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo, um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços), e redução da força superior do corpo.
       Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram um cérebro muito maior - normalmente de 1.400 cm³ em seres humanos modernos, mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou gorila. O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas (heterocronia) e permite longos períodos de aprendizagem social e aquisição da linguagem nos seres humanos juvenis. Antropólogos físicos argumentam que as diferenças entre a estrutura dos cérebros humanos e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.
            Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão; um sistema mastigatório reduzido; a redução do dente canino; e a descida da laringe e do osso hióide, tornando a fala possível. Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto, ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais. Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da cultura material, com objetos feitos pelo homem cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo. A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.
            As forças da seleção natural continuam a operar em populações humanas, com a evidência de que determinadas regiões do genoma exibiram seleção direcional nos últimos 15 000 anos.

Reflexão: A partir deste texto, podemos perceber que dizer que o homem evoluiu do macaco é falso, visto que ambos têm ancestrais comuns.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Consequências do degelo

Subida do nível das águas do mar, a qual levará à devastação dos habitats das zonas ribeirinhas (o que provocará a extinção fatal de algumas espécies), a inundação irremediável  das zonas litorais e a destruição de infra-estruturas. Muitas cidades localizadas no litoral podem vir a desaparecer (Lisboa, uma típica cidade ribeirinha, corre o mesmo risco), bem como as plantações que aí se localizam (várias plantações de arroz têm sido consecutivamente destruídas no Bangladesh devido à invasão de água salgada).

- Extinção de algumas espécies, tal como os ursos polares que morrem afogados por não encontrarem gelo na imensidão que é o Oceano.


- Alteração das correntes marítimas, devido à diminuição da salinidade das águas oceânicas. Normalmente, existe um equilíbrio entre as correntes do Atlântico Norte e as do Atlântico Sul, mas este será interrompido, o que levará à transformação de regiões como o Reino Unido e o norte dos continentes europeu e asiático em zonas geladas. As alterações climáticas poderão vir a ser, portanto, umas das consequências com maior impacto.
Fontes:
http://idadedodegelo.blogs.sapo.pt/2863.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Degelo dos glaciares

          Durante este século, o degelo dos glaciares, ligado ao sobre-aquecimento global, será a principal causa da subida do nível dos oceanos, mais do que o dos gelos polares, informa um estudo publicado hoje nos Estados Unidos na revista “Science”.
          Um dos objectivos desta investigação era mostrar que, contrariamente ao que se pensa geralmente, o degelo na Gronelância e na Antárctida não será a principal causa da subida dos oceanos durante este século, mas sim o degelo dos glaciares.
          De facto, os glaciares e as calotas glaciares são responsáveis por cerca de 60 por cento da água que chega aos oceanos vinda do degelo, fenómeno que se tem vindo a acelerar nos últimos dez anos, explica Mark Meier, do Instituto de Investigações Árcticas e Alpinas da Universidade do Colorado, principal autor do estudo.
         Em comparação, o degelo na Gronelândia é responsável apenas por 28 por cento da subida do nível dos oceanos, enquanto que o degelo na Antárctida é de doze por cento.
         O ritmo do degelo na Gronelândia não deverá atingir o dos glaciares relativamente à contribuição para a subida do nível médio das águas dos oceanos, antes do final deste século, segundo os autores.
        A equipa de investigadores da Universidade do Colorado calculou que a aceleração do degelo dos glaciares fará subir o nível dos oceanos de 10,2 para 24,1 centímetros até 2100. Estas estimativas não levam em consideração o sobre-aquecimento da água dos oceanos, o que poderá duplicar estas projecções, salientam os investigadores.
        Actualmente, cerca de cem milhões de pessoas vivem a menos de um metro acima do nível do mar.


Reflexão: É preciso travar o degelo glaciar e de certa forma cabe a cada um de nós fazer por isso. Estes dados são preocupantes e fazem-nos pensar no futuro que se aproxima.

Fontes:

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Glaciares

Glaciares são enormes massas de gelo (podem atingir várias centenas de quilómetros de extensão) que, por acção da gravidade, sofrem lentos deslizamentos ao longo de superfícies inclinadas. Este deslocamento acaba por moldar a superfície onde o glaciar se encontra. Quando os glaciares se localizam em vales podem conferir-lhes um perfil transversal em forma de U. Os materiais transportados pelo glaciar acumulam-se em depósitos designados por moreias.
Os glaciares são, obviamente, típicos de climas frios. Em Portugal Continental não existem actualmente glaciares, mas encontram-se vestígios da sua presença na Serra da Estrela e nas Serras da Peneda e do Gerês. Esta ocorrência denuncia a existência de fases de clima mais frio que o actual durante as últimas dezenas de milhar de anos.

http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/glaciar.html