sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Teoria da deriva dos continentes

        Alfred Wegener argumentou que, há cerca de 200 milhões de anos, havia um supercontinente, a que deu o nome de Pangeia, e um único oceano, o Pantalassa. Um dos defensores das ideias de Wegener, propôs que a Pangeia, primeiro, se dividiu em dois grandes continentes, a Laurásia no hemisfério norte e a Gondwana no hemisfério sul, que continuaram então a fracturar-se, ao longo dos tempos, dando origem aos vários continentes que existem hoje (argumentos geológicos).
        A teoria de Wegener foi apoiada em parte por aquilo que lhe pareceu ser o ajuste notável dos continentes americanos e africanos do sul. Wegener também estava intrigado com as ocorrências de estruturas geológicas pouco comuns e dos fósseis de plantas e animais encontrados na América do Sul e África, que estão separados actualmente pelo Oceano Atlântico. Deduziu que era fisicamente impossível para a maioria daqueles organismos ter nadado ou ter sido transportado através de um oceano tâo vasto. Para ele, a presença de espécies fósseis idênticas ao longo das costas litorais de África e América do Sul eram a evidência que faltava para demonstrar que, uma vez, os dois continentes estiveram ligados (argumentos paleontológicos).

Fig. 1 - Figura Representantes o ajuste real da Linha de Costa do Continente da América do Sul com o Continente de África.

Fig.2 - Distribuição geográfica de fósseis de animais e Plantas nd Pangeia.

       

Fig.3 - Distribuição de Depósitos glaciários

        Segundo Wegener, a Deriva dos Continentes após a fracturação da Pangeia explicava não só as ocorrências fósseis, mas também as evidências de mudanças dramáticas do clima em alguns continentes. Por exemplo, a descoberta de fósseis de plantas tropicais (na formação de depósitos de carvão) na Antárctida conduziu à conclusão que este continente, actualmente coberto de gelo, já esteve situada perto do equador, com um clima temperado onde a vegetação luxuriante poderia desenvolver-se. Do mesmo modo que os fósseis característicos de fetos (Glossopteris) descobertos em regiões agora polares, e a ocorrência de depósitos glaciários em regiões áridas de África , tal como o Vaal River Valley na África do sul, foram argumentos factuais invocados a favor da teoria da Deriva dos Continentes (argumentos paleoclimáticos).

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